segunda-feira, 31 de outubro de 2011

Homenagem aos agraciados será no Teatro de Santa Isabel, em Recife





O Ministério da Cultura fará, no próximo dia 9 de novembro, no Teatro de Santa Isabel, em Recife (PE), a entrega da Ordem do Mérito Cultural (OMC) aos 51 agraciados da edição 2011.  Esta será a primeira vez que a cerimônia de entrega das condecorações acontecerá em um estado do Nordeste.



A cada edição da OMC é escolhida uma personalidade ou instituição para receber homenagem especial, que passa a ser o tema da comemoração.  Nesta 17ª edição, está sendo lembrada a jornalista e escritora Patrícia Rehder Galvão (1910-1962), conhecida pelo pseudônimo de Pagu.  Musa da 3ª geração do Modernismo Brasileiro, ela foi romancista, poetisa, militante política e incentivadora da cultura.
Formada na Escola Normal da Capital, em São Paulo, participou do movimento antropofágico sob influência de Tarsila do Amaral e Oswald de Andrade, com quem se casou em 1930. Em 1931 ingressou no Partido Comunista  Brasileiro (PCB) e passou a editar, junto com Oswald de Andrade, o jornal O Homem do Povo, onde assinava a coluna “A Mulher do Povo”.
Foi presa três vezes como militante do partido comunista. Em 1931, no Brasil, ao participar de um comício do partido em Santos com os estivadores. Em 1935, como comunista estrangeira em Paris, sendo repatriada ao Brasil por portar identidade falsa, com o nome de Leonnie. A terceira vez foi novamente no Brasil. Já separada de Oswald de Andrade, trabalhando para o jornal A Plateia, foi presa e torturada, ficando na cadeia por cinco anos.
Ao sair da prisão, em 1940, rompeu com o PCB e casou-se com o jornalista Geraldo Ferraz. Em 1942 passou a atuar ativamente na imprensa, sobretudo como crítica de Artes.
Em 1950 concorreu à Assembleia Legislativa de São Paulo pelo Partido Socialista Brasileiro; lançou o manifesto Verdade e Liberdade e passou a exercer papel importante no panorama cultural da cidade de Santos. Pagu frequentou o curso da Escola de Arte Dramática de São Paulo, dedicando-se cada vez mais ao teatro.
De 1955 a 1962, trabalhou no jornal A Tribuna de Santos como crítica literária e de teatro e televisão. Em setembro de 1962, vai a Paris para ser operada de câncer. A cirurgia fracassa, ela volta ao Brasil e morre no dia 12 de dezembro.
Entre os livros publicados pela escritora estão: Parque Industrial (1933), A Famosa Revista (1945), Verdade e Liberdade (1950), Safra Macabra (1998), Croquis de Pagu (2004), e Paixão Pagu – Uma autobiografia precoce de Patrícia Galvão (2005).
Pagu deixou dois filhos: Rudá de Andrade, fruto do casamento com Oswald de Andrade e Geraldo Galvão Ferral, filho de Geraldo Ferraz.


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